Quem foi Fernando Pessoa:

Fernando António Nogueira Pessoa (1888- 1935) nasceu em Lisboa. Foi poeta, filósofo e escritor português. É o mais universal poeta português, considerado como um dos melhores escritores da civilização ocidental.

O expoente máximo do génio criativo de Fernando Pessoa é consubstanciado nos seus heterónimos, Ricardo Reis, Álvaro de Campos, Alberto Caeiro e Bernardo Soares, os quais dotou com personalidade própria, publicando poesias deles e imaginando-os até ao mais ínfimo pormenor. Este facto, é um dos principais motivos de tão grande interesse pela sua obra.

Frequentou a tertúlia literária que marcava presença no Café “A Brasileira”, no Largo do Chiado em Lisboa e, mais tarde, o seu café preferido seria o “Martinho da Arcada”, na Praça do Comércio.

Fernando Pessoa é também um ícone de Lisboa. A sua estátua, no Chiado, é um dos locais de visita obrigatórios para quem visita a nossa cidade.

Fernando pessoa (1888 – 1935)

Quem foi Sophia Mello Breyner:

Sophia de Mello Breyner Andresen (1919- 2004), foi uma das mais importantes poetisas do século XX, tendo sido a primeira mulher portuguesa a receber o mais importante galardão literário da língua portuguesa, o Prémio Camões, em 1999.

A poetiza distinguiu-se também como contista e ainda no domínio da tradução de  autores como Dante Alighieri e Shakespeare. Foi membro da Academia das Ciências de Lisboa. Para além do Prémio Camões, foi distinguida em 2003 com o Prémio Rainha Sofia.

O Mar é um dos conceitos-chave na criação literária da escritora. Tal inspiração pode ser observada em vários poemas, onde transparece a obsessão pela sua beleza, serenidade e pelos seus mitos. De certa forma, é o mar é o símbolo da dinâmica da vida, das transformações e da morte.

Em 2014, a Assembleia da República decidiu homenagear por unanimidade a poetisa com honras de Panteão Nacional, sendo o seu corpo trasladado para a Igreja de Santa Engrácia.

Sophia Mello Breyner (1888 – 1935)

Quem foi Eça de Queiroz:

José Maria Eça de Queirós (1845/1900), nasceu na Póvoa de Varzim e morreu em Paris. É considerado um dos maiores romancistas de toda a literatura portuguesa, o primeiro e principal escritor realista português, renovador profundo da prosa literária portuguesa.

Estudou Direito na Universidade de Coimbra, onde conviveu com o escritor Antero de Quental e outras figuras marcantes da geração que introduziu em Portugal o movimento literário o “Realismo“. Na obra deste vulto máximo da literatura portuguesa, criador do romance moderno, distinguem-se três fases estéticas: a primeira, de influência romântica, que engloba os textos posteriormente incluídos nas “Prosas Bárbaras” e que vai até ao “Mistério da Estrada de Sintra” ; a segunda, de afirmação do Realismo, iniciada com a participação nas Conferências do Casino Lisbonense e que se manifesta plenamente nos romances “O Primo Basílio” e “O Crime do Padre Amaro” ; e a terceira, de superação do Realismo-Naturalismo, onde testa os limites do estilo literário, nas obras “Os Maias” , “A Ilustre Casa de Ramires” e “As Cidades e as Serras“.

Eça de Queirós trabalhou como advogado e jornalista em Lisboa. Foi ainda cônsul de Portugal sucessivamente em Havana, Newcastle, Bristol e Paris, onde permaneceu até a sua morte em 1900. Foi em Inglaterra que escreveu a parte mais significativa da sua obra e esse distanciamento permitiu-lhe um critério de observação mais objetivo e crítico da sociedade portuguesa, sobretudo das camadas mais altas. “O Crime do Padre Amaro” e “O Primo Basílio” são duas de suas obras que causaram grande polêmica na época e que foram condenadas pela Igreja Católica.

Eça de Queiroz (1845 – 1900)

Quem foi Florbela Espanca:

Florbela de Alma Conceição Espanca (1894/1930) nasceu em Vila Viçosa, no Alentejo; e faleceu em Matosinhos. No espaço poético português da primeira metade do século XX é com Florbela Espanca que o soneto se revitaliza de forma consagrada desde Camões. Na enciclopédia Larousse, esta poetisa é definida como “parnasiana, de intenso acento erótico feminino, sem precedentes na literatura Portuguesa. A sua obra lírica, iniciada em 1919, com o Livro das Mágoas, antecipa o posterior movimento de emancipação literária da mulher, exprimindo a imensa frustração feminina perante as opressivas tradições patriarcais”.

Estudou em Évora, onde concluiu o curso liceal, matriculando-se de seguida na Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa. É por essa altura que publica as suas primeiras poesias. A sua poesia, densa e amarga, com laivos egocêntricos, quase sempre com a temática amorosa, surge desligada de preocupações de conteúdo humanista ou social. Não fez parte de nenhum movimento literário, embora o estilo da poetisa lembre os poetas românticos.

Florbela suicidou-se com o uso de barbitúricos, no dia de seu aniversário, às vésperas da publicação de sua obra-prima “Charneca em Flor”, que só foi publicada em janeiro de 1931. Só depois da sua morte é que a poetisa viria a ser conhecida pelo grande público.

O seu corpo jaz no cemitério de Vila Viçosa, a sua terra natal e em 1949, a Câmara Municipal de Lisboa homenageou-a, dando o seu nome a uma rua junto à Avenida da Igreja, em Alvalade.

Florbela Espanca (1894 – 1930)